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JP Morgan decide vender ações da Méliuz e investe em BTC

O JP Morgan deu um passo interessante ao se envolver com o Méliuz, a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil. Agora, as ações da fintech brasileira vão ser vendidas nos Estados Unidos, através de um comunicado divulgado pelo próprio banco.

Essas ações vão ser comercializadas na forma de American Depositary Receipts (ADRs) no OTCQX Markets, que é conhecido por ter rigoroso controle de governança e compliance. No Brasil, o Méliuz já é listado na B3 com o ticker CASH3, e agora os investidores americanos poderão negociar suas ADRs sob o ticker MLIZY, onde cada recibo representa duas ações do CASH3. Essa mudança facilita a compra e venda dos papéis em dólares, seguindo os padrões locais para liquidação.

Estratégia de BTC da Méliuz ganha projeção internacional

A listagem nos Estados Unidos também evidencia a estratégia de Bitcoin do Méliuz, que visa aumentar o rendimento em Bitcoin ao longo do tempo. Atualmente, a empresa possui 595,7 BTC e ocupa a 47ª posição entre as maiores tesourarias corporativas não mineradoras do mundo, conforme dados do BitcoinTreasuries.Net. Apesar dessa visibilidade, a bolsa não foi generosa com as ações do Méliuz, que sofreram uma queda de mais de 12% nos últimos cinco dias, conforme dados do TradingView.

O CEO Gabriel Loures comentou que essa iniciativa ajuda a abrir portas para que mais investidores internacionais conheçam a empresa, alinhando-se a outras Bitcoin Treasury Companies, como a MicroStrategy. Ele também ressaltou que não houve a emissão de novas ações, ajudando a manter a estrutura da empresa intacta enquanto sua visibilidade global aumenta.

Resultados financeiros

No segundo trimestre de 2025, o Méliuz teve um desempenho financeiro impressionante, alcançando um lucro líquido de R$ 7,6 milhões, um resultado ilustre se comparado a perdas no mesmo período do ano anterior. O EBITDA consolidado foi de R$ 12 milhões, um aumento de 118% em relação ao ano passado. Esse crescimento foi impulsionado pela expansão das operações e um aumento significativo nos investimentos em marketing.

Além disso, a valorização de sua carteira de Bitcoin contribuiu com R$ 30 milhões ao patrimônio, representando um impressionante rendimento de 908%. Isso indica que, desde que a estratégia Bitcoin foi adotada, a quantidade de BTC por mil ações aumentou mais de nove vezes.

O Méliuz também está de olho na expansão do seu papel no setor cripto. Entre as novidades estão o Criptoback, que promete cashback em Bitcoin, e uma plataforma para a compra e venda direta da criptomoeda. Para reforçar seus planos de captação de recursos internacionais, a empresa contratou Mason Foard como Diretor da Estratégia Bitcoin nos Estados Unidos. De acordo com Diego Kolling, que lidera essa estratégia no Brasil, a tendência é clara: no futuro, todas as empresas terão Bitcoin em seus tesouros.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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